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2012/05/01

Spinning com vinis - Parte 1 - Onde e quando utilizar


A pesca de predadores ao spinning tem nas amostras o seu ponto chave, são elas que estabelecem o primeiro contacto com os peixes e a sua capacidade de imitar presas reais e de provocar o ataque do predador são dos factores mais importantes para o sucesso desta pesca.

As amostras  têm evoluído  ao longo dos anos, desde os tempos em que os senhores Heddon e Rapala começaram a criar amostras em balsa até aos dias de hoje foi percorrido um longo caminho tendo-se chegado à era do hiper-realismo com pinturas holográficas, sistemas de optimização de lançamentos e movimentos cada vez mais realistas criando  imitações quase perfeitas de peixes presa. 

As amostras rígidas atingiram um nível de perfeição nunca visto mas precisamente neste momento surge algo ainda mais real que com grande eficácia disputa a fama, os vinis!

O mundo dos vinis/soft baits veio alterar o paradigma da pesca com amostras, com corpos flexíveis criam acções quase vivas dentro de água que em conjunto com uma textura mais natural conseguem enganar melhor o predador, o qual acaba por demorar mais tempo com a amostra na boca retardando a rejeição e tornando a ferragem mais fácil e eficaz.

Além destas características os vinis são cada vez mais elaborados, se de inicio impregnar estas amostras com sal foi um grande sucesso hoje em dia são adicionadas feromonas assim como essências aromáticas ou diversos sabores para ajudar a potenciar os ataques.

Os vinis/soft baits estão ai para ficar, foram inicialmente utilizados na pesca de predadores de água doce como o achigã ou o lúcio sendo hoje em dia estendida a sua aplicação cada vez mais ao mar, mas este novo mundo ainda tem muito para explorar, principalmente por parte do pescador.

Este artigo tem como objectivo ajudar o pescador que se inicia neste tipo de pesca a explorar e desenvolver o seu conhecimento dentro do mundo da pesca com vinis, sendo dividido nas seguintes quatro partes:

                        1 – Onde e quando utilizar
                        2 – Tipos de vinis
                        3 – Montagens e animações
                        4 – Material

1- Onde e quando utilizar:

Desde que pesco ao spinning achigãs que a utilização de vinis é uma prática comum, talvez por essa razão não tenha sido muito problemática a minha opção pelos vinis para pescar em determinadas condições no mar quando as amostras rígidas não funcionam.

Os vinis de facto são um mundo á parte na pesca com amostras ao spinning, muito eficazes quando bem utilizados proporcionando geralmente boas capturas, mas para que isso aconteça temos que saber quando optar por um vinil, essa decisão depende da análise das condições que nos envolvem nesse momento sendo fundamental o conhecimento profundo do spot.

Quando comecei a pescar ao spinning no mar ouvia que se tinha que saber ler o mar, essa expressão depressa se tornou um bicho de sete cabeças, no fundo era redutora e deixou-me algumas vezes a olhar para o mar sem perceber o que deveria fazer.

As condições do mar com um pouco de atenção e experiência começam a ser possíveis de perceber ou decifrar, é muito importante poder analisar o spot com maré baixa, poder ver todas as estruturas rochosas, caneiros existentes e fundos, depois quando estivermos em acção de pesca o conhecimento da maré, a sua amplitude e as correntes criadas, o tipo de fundos e a profundidade existente (previamente analisados ao pormenor na baixa mar), movimentações de areias, as cores da água, as condições de luz e o momento do dia são condições que devem ser equacionadas para que se possa “ler o mar” correctamente e tomar a decisão certa que irá marcar a diferença.

Maré baixa, a melhor altura para se perceber o que temos à nossa frente, fundos, rochas, caneiros, tipo de comedia tudo deve ser analisado para se tomar as melhores opções em acção de pesca.
Normalmente mares mexidos com bons espumeiros, águas verdes ou mesmo tapadas, com grandes amplitudes e boas correntes dificultam o trabalhar das amostras rigidas e favorecem os vinis, principalmente os lastrados com cabeçotes de 20 a 50 gramas, tipo swimbait que tenham uma cauda que crie vibrações na água, com cores mais fortes e animações mais enérgicas para que possa atrair a atenção do predador.

Por outro lado mares calmos com águas cristalinas e pouca profundidade têm a tendência de nos dificultar a vida na arte de enganar o peixe e ai o pescador mais experiente sabe que as amostras rígidas perdem eficácia.

Nessas condições devemos optar por vinis menos lastrados, com cores naturais que imitem bem as suas presas, utilizando até um máximo de 20 gramas para os lastrar mas de preferência sem qualquer peso, permitindo um ganho na apresentação e ao mesmo tempo animações mais técnicas e naturais, consequentemente mais eficazes, com um único senão, perde-se capacidade de lançamento, por isso, deve ser possível pescar mais perto das chamadas zonas quentes.

Quando estamos a pescar num local com muitas algas ou com muitas rochas e cabeços submersos as prisões com amostras rígidas e vinis lastrados são constantes, sendo nestas condições preferível utilizar montagens tipo Texas, com o anzol protegido, lastradas ou não em função das condições do mar.

Nem tudo são rosas neste tipo de pesca e nem sempre os vinis podem ser eficazes, o pescador de spinning sabe como é difícil enganar robalo, no entanto os vinis ganham território pesca após pesca, assumindo um papel importante na capacidade de enganar estes nobres combatentes.

                        2 – Tipos de vinis
                        3 – Montagens e animações
                        4 – Material

6 comentários:

  1. Muitos parabéns pelo post parçeiro,bem elaborado bastante pormenorizado,e com muitos detalhes,tal como é feita esta pesca muito detalhada para toda a condição há normalmente uma norma uma autêntica dor de cabeça para a maior parte de nós,os meus sinceros parabens e um grade abraço.

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    1. Muito obrigado, espero que o post sirva de ajuda em futuras pescarias,um abraço!

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  2. Boas Armando

    Estava a ver que estavas desaparecido, Domingo e hoje conseguiram pescar? Tem estado muito vento mas sabendo aproveitar isso nalguns sítios até se torna proveitoso.

    Um abraço
    JP

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    1. Boas João,
      Desaparecido não, mas com este tempo o melhor é ficar por casa, mas pelos vistos tu tens te safado bem,mesmo com mau temo, é assim mesmo!!!
      Um abraço!

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  3. Bom Dia Armando,

    Mais uma vez parabens pelo artigo. Está muito esclarecedor e vai abarcar todos os itens fundamentais da pesca com vinis. Estou ansioso pelos próximos capítulos.
    Relativamente a peixe continua desaparecido por estas bandas. Não há memória de uma coisa assim.
    Um abraço
    JFP

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    1. Boas José,

      Muito obrigado, é isso que o artigo pretende, ser esclarecedor e espero que as restantes partes continuem a agradar e esclarecer!!!

      Quanto ao peixe desaparecido é tudo uma questão de se ir tentando e procurando, quem porfia sempre alcança, é uma grande verdade, eles andam lá, felizmente não falta robalo por esse mar fora, é preciso é dar com eles!!!

      Boa sorte, um abraço!!!

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