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2012/05/02

Spinning com vinis - Parte 2 - Tipos de vinis

Os vinis/softbaits são divididos numa ampla gama de amostras flexíveis, worms, stickbaits, jerkbaits, swimbaits, criatures, tubes e lizards, imitando praticamente tudo o que exista como presa para o predador, desde peixes presa a caranguejos, vermes e enguias, todos em materiais flexíveis que lhes dá uma vida própria dentro de água, impregnados com sal, feromonas e sabores, com cores naturais e em alguns casos holográficas tornam-se fatais para o predador.

Este tipo de amostra surgiu com os chamados worms/vermes, utilizados para imitarem os vermes naturais presentes nos fundos dos lagos e barragens onde se pescava o achigã, com o tempo este tipo de amostras foi tornando-se mais ampla existindo hoje em dia uma infinidade de vinis/soft baits no mercado.

A aplicação no mar é quase ilimitada, existindo muitos vinis inicialmente criados para pescar em água doce que são utilizados com muita eficácia no mar, imitando peixes presa com recurso a diferentes animações em funçãodo tipo de vinil com que se pesca.

Todos estes tipo de vinis são adequados à pesca ao spinning no mar, no entanto iremos apenas tratar de quatro tipos de vinis fundamentais, os Worms, os Stickbaits, os Jerkbaits e os Swimbaits

Worms:

Berkley Power Bait Original
Os Worms foram as primeiras amostras criadas em vinil, ganharam rapidamente fama com a eficácia demonstrada por alguns desses vinis e ao longo dos tempos foram-se criando autênticos mitos.

Casos como o Berkley Power Bait Original, o Zoom Trick Worm, o Manns Jelly Worm ou o Kuhuna Cut Tail Worm de Gary Yamamoto são dos mais populares, mas este mundo de vermes é quase infindável.

Sabemos que o robalo alimenta-se vermes do fundo do mar, a famosa bicha do mar usada na pesca ao fundo é um bom exemplo e os Worms são isso, imitações de vermes que correm á deriva pelas águas, alimento que os robalos gostam, pois são normalmente presas fáceis que não levam a grande dispêndio de energia.

Empate Texas 
Estes vinis são geralmente utilizados com cabeçotes, empatados à Texas com o anzol à vista ou então com a ponta do anzol introduzido no corpo do vinil quando pescamos em zonas que possam originar prisões.

Os cabeçotes são normalmente de baixo peso para dar um movimento natural mas mais nervoso ao worm, no entanto as montagens sem cabeçote são as ideais em termos de realismo, tornando estes vinis terríveis quando os podemos lançar nos spots mais próximos.

Além dos exemplos já apontados podemos ainda salientar o Zoom Fish Doctor, os Berkley Gulp e Heavy Weight Sink Worm e o Lunker City Slug-Go SS de entre muitos outras opções que existem deste tipo de amostras.



Stickbaits:

Os Stickbaits são um compromisso entre um worm e um jerkbait, têm um corpo tubular, longo, com a cauda a terminar numa forma cónica.

São normalmente impregnados com sal que lhes confere um maior peso e uma capacidade afundante dentro de água, não sendo obrigatório lastrar estes vinis que se tornam muito eficazes quando animados com pequenos toque de ponteira que lhes imprime movimentos erráticos tipo WTD ("walk the dog", o famoso passear o cão).

Os stickbaits também podem ser usados com cabeçotes, que lhes transmitirá um movimento mais nervoso, podendo serem lançados mais longe quando necessário no entanto utilizados “weightless”, sem qualquer lastro, são mais produtivos.

São ideais para zonas baixas onde o robalo caça emboscado, podendo também serem usados em zonas mais fundas com fracas correntes deixando afundar e depois trabalhando sempre com pequenos toques de ponteira para criar uma animação de uma peixe ferido, moribundo, de fácil ataque para o predador,.

Este tipo de vinis requerem maior domínio técnico por parte do pescador devendo sua utilização ser treinada á vista por forma a se criar um padrão próprio de animações que vão dar vida a este vinil, o ideal será praticar em zonas de água cristalina para que se possa ver qual a acção que cada movimento dado é transmitido à amostra, as animações devem ser bem treinadas para serem eficientes em acção de pesca.

Dois dos grandes mitos nesta classe de vinis são o Senko de de Gary Yamamoto e o Slug-Go da Lunker City, existindo outros que surgem mais tarde mas não menos eficazes como os Megabass Xlayer e os Xorus Midway entre muitos outros.
Gary Yamamoto - Senko

Lunker City - Slug-Go










Jerkbaits:

Os Jerkbaits são amostras de vinil que têm como principal característica apresentarem um corpo de peixe que termina numa cauda bifurcado ou cónica.

Tal como as amostras rígidas,os jerkbaits em vinil devem ser animados com movimentos de punho, que provoquem pequenos toques na ponteira da cana e movimentos erráticos na amostra dentro de água que assim irá simular um peixe ferido.

Neste caso podem também ser usados cabeçotes para que se consiga lançar mais longe este tipo de vinis, no entanto as montagens weightless são sempre mais naturais e consequentemente mais produtivas.

Fish Arrow -Flash J
Alguns exemplos de jerkbaits são os Striker King Zulu, os Zoom Super Fluke,os Lunker City Fin-S, os Yum Super Shadee Shad e os Fish-arrow Flash-J os quais aprecio pelo seu grande realismo
Zoom - Super Fluke
Swimbaits:

Deixei para o final este tipo de vinis por serem os que ganharam maior dimensão na pesca ao spinning com vinis no mar, estes são vinis que imitam peixes presa em fuga, com natação natural quer pelo ondular do corpo quer pela vibração da cauda quando lastrados com um cabeçote com pala que lhes induz esse movimento, sendo a sua animação menos técnica, menos cansativa e mais fácil para quem se inicia na pesca com vinis.

São vinis quase sempre lastrados entre as 20 e as 50 gramas que podem ser trabalhados a diferentes camadas de água com diferentes situações de mar.

A sua grande versatilidade para diferentes situações, com animações naturais provocadas quer pelo corpo quer pela pala , a sua facilidade de lançamento e utilização tornaram estes vinis famosos por essas praias fora.

Dentro deste tipo de vinis destacam-se duas sub-classes, os Shads (imitações de peixes pequenos), os Eels (imitações de pequenas enguias e lingueirão) sendo estes dois tipo os que mais notoriedade ganharam na pesca ao robalo com vinis.

Cores que imitem sardinha, cavala, tainha, enguia/meixão e lingueirão são as mais comuns existindo no mercado um grande numero de vinis deste tipo.

Normalmente os Swimbaits são usados com um cabeçote que tem três funções principais, serve para lançar o mais longe possível, serve para criar um padrão de movimento no vinil e serve para permitir aguentar mais mar dando mais estabilidade ao vinil, devendo o seu peso aumentar em função das condições do spot por forma a aguentar correntes e marés mais fortes.

Os swimbaits podem ser animados de diversas maneiras, com recolha linear, atirando e recolhendo o vinil com uma cadência mais rápida ou mais lenta explorando diferentes camadas de água, podem também ser animados com toques de cana que originará pequenos puxões dando vida ao vinil ou ainda com animações em dentes de serra que consiste em depois de lançar deixar cair o vinil até ao fundo e depois levantar a cana para produzir um movimento longo e vertical do vinil na coluna de água, repetindo o movimento de puxar e deixar cair o vinil continuamente e simultaneamente recolhendo o excesso criado de linha, simulando um peixe que quer sair do seu habitat mas que de imediato se dirige ao fundo para se esconder, provocando ataques de reacção por parte do predador.

Esta animação origina um perfil em dentes serra dentro da massa de água, que pode ser mais ou menos ampla em função da queda que se permite ao vinil por forma a explorar diferentes profundidades.

Neste grupo de vinis alguns tornaram-se mais famosos que outros, talvez por serem mais produtivos ou por boas campanhas de marketing que levou a que fossem mais utilizados, a destacar os Sawamura One’s Up Shad, os Lunker City Shaker, os Xorus Sayori, os Delalande Shad GT e Fury Shad, os Berkley Powerbait Ripple Shad, e os mais recentes Fiiish Black Minnow, Savagear Sandeel e Storm Ultra Eel que têm capturado robalo um pouco por todo o lado, mostrando-se muito eficazes, no entanto todos eles são bons exemplos deste tipo de vinis.

Surgiram também no mercado alguns swimbaits que podem ser animados sem peso, com um pequeno lastro colocado no anzol ou com cabeçotes com pala, exemplos disso são o Savagear AR LB Sandeel Slug ou a Sebile Magic Swimmer ambos com um peso no anzol que provoca a ondulação da amostra ou então o Delalande Picol’eau com o cabeçote picol’eau que provoca um nadar muito amplo e atractivo a esta enguia.

A minha selecçãode swimbaits - de cima para baixo:
 Delalande Picol'eau; Ron Thompson Eel; Sawamura One's Up Shad;
Storm Ultra Eel; Savagear Sandeel; Lunker City Shaker
Estes quatro tipos de vinis são os mais adequados à pesca ao spinning no mar, aprender a dominar as técnicas que lhes dá animação será um passo fundamental a dar pelo pescador de spinning para obter sucesso com estas amostras, que tantas alegrias nos têm proporcionado por esses mares fora!!!

Poderá ainda consultar as outras deste artigo de Spinning com Vinis em:

                        1 - Onde e quando utilizar
                  3 - Montagens e animações
                  4 - Material

8 comentários:

  1. Parabéns a segunda parte tá tão boa ou melhor que a primeira continua muito detalhada e pormenorizada,o que realmente dá um jeitão para quem está praticamente a começar com estas amostras,as minhas esperanças estão viradas agora para as corvinas acredito que vá ser uma aposta forte para este ano para pescar a elas e com mais forte resultado ainda um grande abraço.

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    1. Boas,

      Corvinas, mmm isso queria eu aqui por cima, mas não há!!!!

      Para essas meninas a tudo o que foi dito acrescenta, amostras pelo fundo com animações lentas!!!

      Abraço

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  2. Nuno Ribeiro03/05/12, 18:58

    Muito bom artigo de alguém que se dedicou e percebe da poda! Parabéns

    Abraço

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    1. Obrigado Nuno, isso de perceber da poda tem a ver com cortar os vinis lol

      Qualquer dia temos que voltar ao Minho, com esta chuvinha as trutas já devem dar sinal!!!

      Um grande abraço,

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  3. O maior receio com as corvinas, assim como as anchovas para os vinilos, são os dentes destas que cortam a borracha fácilmente.
    Alguém conhece alguma maneira de dar a volta?

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    1. Olá Abilio Pires, bem vindo ao blog!

      Quanto aos vinis para as corvinas e anchovas não conheço solução, à quem fabrique os seus próprios vinis para reduzir custo mas se existe outra solução desconheço!

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    2. E que tal Armando, um tipo por um terminal de 20-30cm de fio de aço?
      Aí elas podiam lixar a amostra, mas ficavam presas ( se o fio não partir ). Um tipo tem de estar um passo à frente do pessoal que respira por guelras!

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    3. Olá Abilio,

      Um terminal de aço é sempre uma boa solução, principalmente para anchovas, há quem diga que as amostras não trabalham tão bem, no entanto se o fio for fino será muito melhor que um nylon de 1mm esse sim dificultará a acção das amostras.

      Quanto ás corvinas não tenho conhecimentos para poder falar mas não há nada como experimentar, se elas cortam o nylon então há que colocar algo mais resistente.

      Não há nada mesmo com experimentar, boa sorte!

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