Seguidores

2012/04/05

Savagear Sandeel e Storm Ultra Eel dois grandes vinis


Se existe um novo mundo a explorar para quem faz pesca ao spinning no mar é o mundo dos vinis, essas amostras moles que imitam peixes que com melhores ou piores animações conseguem enganar os robalos e outros predadores.

Dos vários modelos existentes no mercado alguns tornaram-se mais famosos que outros quer pela sua disponibilidade quer pela sua eficácia facilmente comprovada.
De entre todos os vinis disponíveis vou analisar dois segundo a minha opinião pessoal depois de os ter usado, apresentando as conclusões a que eu cheguei.

O Savagear Sandeel é um desses vinis, várias são as capturas que podem ser apreciadas por essa net fora que os torna famosos, mas estes vinis existem em diversos tamanhos com cabeçotes de diferente peso que tornam cada caso particular para determinadas situações.
Savagear Sandeal 16cm com cabeçote de 29gr
pesando o conjunto 46 gr
Começando pelo vinil de 12,5cm com 21gr é aquele que oferece movimentos mais naturais, animado com jerks ou em dentes de serra é mortífero, podendo ser utilizado tanto com mares de pouca água quer com zonas de maior profundidade, tendo apenas como problema a sua falta de alcance pois dificilmente ultrapassa os 50 metros.

Já o vinil de 16cm com o cabeçote de 29g é um excelente lançador, conseguem-se boas distâncias mas não ultrapassam os 70 metros facilmente.

A sua animação é mais difícil e requer um mar mais mexido com um pouco mais de água para não se perder no fundo.

A animação mais adequada a este modelo é em dentes de serra variando a velocidade de elevação da cana e também com recolha linear.

Estes dois tamanhos são os que melhor se adequam á pesca de margem, tamanhos superiores serão mais para pesca embarcada dada a sua dificuldade em serem correctamente animados de margem.

Outro vinil que me seduziu foi o Storm Ultra Eel, em catálogo pouco apostava no que via mas quando lhes peguei percebi como estava errado e fiquei muito curioso de os experimentar.

Os Ultra Eel existem em 18 e 25 cm com cabeçotes de 20, 40 e 70 gramas, apenas utilizei os de 18cm com cabeçotes de 40gr.
Strom Ultra Eel, 18cm com cabeçote de 42gr
pesando o conjuto 60gr
Este conjunto é um excelente lançador, consegue-se atingir distâncias comuns apenas em zagaias e chibos, a faixa dos 70 aos 100 metros está ao seu alcance e essa é uma das suas grandes vantagens.

Este vinil é mais flexível que a concorrência e na minha opinião produz uma animação mais nervosa mas mais natural.

As cores deste vinil são outra vantagem em relação á concorrência, a Storm Ultra Eel apresenta cores mais realistas principalmente a cor AYU, DGS e PRL que tem um ventre com um madrepérola muito chamativo, na minha opinião estas cores em mares calmos e águas mais lusas serão muito eficazes dado a sua semelhança com presas naturais do robalo como é o caso do lingueirão que emitam na perfeição.

Por outro lado outras cores são muito pouco naturais mas mais chamativas em condições de pouca luz como é o caso dos DON, MU e PKPL.

O grande problema deste conjunto da Storm está no peso do cabeçote que torna a animação mais complicada e apenas possível em zonas com alguma profundidade ou sem rocha ou estruturas pois têm uma grande facilidade em se prenderem pelos fundos.

É o conjunto ideal para mares mais mexidos nas horas de preia-mar quando encontramos maiores profundidades e nos encontramos mais distantes das zonas do robalo, com recolha linear interrompida por algumas paragens ligeiras, que não deixem o vinil afundar muito para não prender.

Estes são dois conjuntos fenomenais existentes no mercado, no entanto eu decidi experimentar algumas variações, pessoalmente prefiro que o cabeçote permita uma boa animação sem comprometer o lançamento, o cabeçote da Savagear Sandeel com 29gr é o ideal, lança na casa dos 60/70 metros e permite animações distintas, não tendo tendência para se prender ao fundo, é sem duvida o meu favorito e estou certo que é ele que torna o conjunto da Savagear tão produtivo.

Por outro lado o vinil da Storm é mais flexível, produz um nadar mais nervoso e agradável, muito mais natural que qualquer outro.

Depois de bem reflectir no que tinha na minha frente decidi juntar estas duas partes de cada conjunto e criar uma peça única, com o intuito de criar um conjunto ainda mais forte.

Assim coloquei um vinil da Storm no cabeçote da Savagear, felizmente para mim funcionou e consegui enganar com ele um bom robalo de 4 Kg é de facto um conjunto que me agrada bastante.
Vinil Strom Ultra Eel com cabeçote Savagear Sandeel de 29gr
pesando o conjunto 40gr
 Misturando os vinis de uma marca com os corpos de outra marca poderíamos pensar que misturávamos alhos com bugalhos, na verdade não existe nada mais errado, isto da pesca não é um ciência exacta e muitas vezes experimentar situações só existentes na nossa imaginação permite atingir alguns resultados nunca conseguidos com o que está a disposição de todos no mercado.

Algumas vriações de um unico vinil, em cima com o cabeçote original da Storm de 40gr
ao centro com o cabeçote da Savagear Sandeel de 29gr e
em baixo com o cabeçote Sakura Maikara de 21gr

4 comentários:

  1. Estou completamente de acordo contigo amigo aqui no rio andava com um problema,que era conseguir fazer capturas de noite a ver e a sentir os ataques,acaso ou não só consegui efectuar capturas com vinis e da savage,com as rigidas ainda não consegui tirar um peixe de noite,parabens pelo blogue está 5 estrelas ja adiçionei a minha lista um abraço e continua amigo

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Obrigado ntyper,
      os vinis são um mundo à parte como eu referi e ás vezes até parecem mágicos, no entanto é necessário apostar neles e numa boa animação, eu rendi-me por completo, já não compro uma amostra rígida à algum tempo, no entanto os vinis têm ganho espaço...
      Um abraço

      Eliminar
    2. Amigo Armando,

      Excelente artigo !

      Partilho da opinião, cabeçotes em corpos de outros marcas ! Produz resultados fantásticos .

      Abraço .

      Nuno Caçorino
      marafadosparapescar.blogspot.com

      Eliminar
    3. Boas Nuno Caçorino,

      Na pesca não existem verdades absolutas nem regras inflexiveis, esta experiência é prova disso e tudo aquilo que achamos que poderá resultar deve ser sempre testado, ás vezes temos agradáveis surpresas.

      Abraço,

      Eliminar